Muitas histórias passaram aqui pelo Blog neste ano. São encontros que vivenciamos nos hospitais – e fora deles – e que compartilhamos aqui. Resgatamos os melhores momentos de 2013 e convidamos você para dividir a pipoca conosco!
Abrimos o ano com o relato do Bloco do Miolinho Mole. Quatro dias percorrendo quatro hospitais sob o sol de mais de 30 graus do Recife. Fantasias a postos, marchinhas na ponta da língua. O bloco pede passagem!
Em maio homenageamos as mamães que encontramos nos hospitais. Ficamos sempre impressionados com a fibra dessas mulheres-mães, que dariam qualquer coisa para estar no lugar dos filhos.
Outro grande momento foi a expedição que fizemos, a convite de uma organização internacional, para explorar novas formas de atuação e buscar inspirações. Talvez o maior trunfo da jornada tenha sido conhecer o Chelsea and Westminster Health Charity, hospital museu (sim, certificado como museu!) em Londres.
Uma das histórias mais comentadas aqui no Blog foi a do menino que chorava muito durante a intervenção de uma enfermeira. “Você pode chorar um pouquinho aqui para mim?”, perguntamos a ele. “É que lá em casa acabou a água e meu peixe está sem água no aquário!”
No meio do ano foi inaugurada a nova UTI infantil do Hospital Municipal do Campo Limpo. E descobrimos que ela já abriga bebês que já são protagonistas de histórias de arrepiar a alma. Fica a pergunta: quando atos como esses se repetem incansavelmente numa mesma parcela da cidade durante anos a fio, não está na hora de se perguntar se essa parcela da cidade está sendo bem cuidada, observada e protegida com dignidade pelas autoridades responsáveis?
Uma das regras da Besteirologia – se é que ela tem regra – é que nós temos que ter nosso olhar sempre aberto para o novo. Temos que sentir tudo como se fosse a primeira vez. Mas essa lição nós não aprendemos em livros. Onde encontramos? Veja aqui!
Falamos também sobre o psiquiatra Flavio Falcone, que levou a figura do palhaço para um lugar nada comum. Fanfarrone, como é chamado, aborda usuários de crack no centro de São Paulo com o propósito de ganhar a sua confiança e convencê-los a iniciar um tratamento que possa livrá-los de uma das drogas mais consumidas no país.
A música sempre nos acompanha! Quem lembra do garotinho que, sedado, esboçou uma linda reação enquanto tocávamos pra ele? Emocionante!
Outra boa história foi a da menina que tinha alergia a látex. Não sei se você já observou, mas os nossos narizes vermelhos, redondos e macios são feitos de látex! O que fazer…? Tiramos o nariz e entramos em seu quarto. Olha o que aconteceu!
Em setembro realizamos, pela primeira vez, um cortejo dentro das enfermarias do Hospital Santa Maria, no Rio de Janeiro, que abriga pessoas com tuberculose, doença contagiosa. Com máscaras e sem nariz, entramos. E para nossa surpresa, descobrimos uma realidade bastante diferente do que imaginávamos.
Em novembro a organização do evento ONG BRASIL 2013 nos convidou para participar de uma mesa de bate-papo sobre o cenário da humanização da saúde no país. Por trás de todas as ações que são feitas nos hospitais, existe um trabalho de bastidores que inclui muita pesquisa, formação e gestão para garantir a qualidade do que é entregue lá na ponta. Humanização? Também se fala aqui.
E no final do ano, durante uma visita rotineira, uma garota nos fez um pedido muito especial. Ela não queria presentes, ela queria uma doação de medula óssea. Aproveitamos pra falar sobre o assunto!
E pra fechar o ano, uma história que nos tirou da zona de conforto. Quando recebemos o telefonema da enfermeira naquele domingo pela manhã, mal imaginávamos o que nos aguardava no Instituto de Tratamento do Câncer Infantil… Até onde vai o jogo de palhaço? Até onde podemos chegar?
Foram mais de 80 histórias publicadas neste ano – umas com final feliz, outras nem tanto. Para nós, palhaços, o mais importante são os encontros e as memórias que ficam destes momentos. Obrigado a cada criança, a cada pai, mãe e vovôs e a cada profissional de saúde que nos permitiu entrar em sua vida. Já são 22 anos de histórias pra contar.