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Elas não desistem nunca

12 de maio de 2013
Tempo de leitura: 2 minutos

Doutores da Alegria

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Como normalmente falamos dos filhos das mães, neste mês deu uma baita vontade de falar das mães dos filhos.

Eu, Dra. Greta Garboreta, comentei sobre o tema com a minha querida parceira Dra. Juca Pinduca e ela logo aprovou. O que ela não sabia é que a primeira mãe de quem eu quero falar é a dela! É que eu morro de medo de conhecer a mãe da Dra. Juca, e explico por quê: é que a Dra. Juca, como todo mundo já sabe, nasceu em VARGINHA. É… Em Varginha mesmo, aquela do ET! Esse é o motivo do meu medo, e embora ela viva me desmentindo, eu tenho certeza de que a mãe dela é verde e tem antenas, e ela tenta me convencer:

Imagina, Greta! Se eu sou filha dela, como é que ela pode ser verde e ter antenas? 

O fato é que eu acredito em ETs e a mãe da Juca é um deles, não tem conversa! Prefiro a minha mãe, que do alto de seus 102 anos (CENTO E DOIS!) pula na cama, come porcaria, briga com os moleques na rua, chega com a roupa suja de barro, joga videogame e assiste televisão até tarde, como qualquer outra pessoa normal. Ela me dá um pouco de trabalho, mas isso também é normal e colocando-a de castigo, de vez em quando, fica fácil de lidar.

De uma forma ou de outra, o que me impressiona mesmo é a fibra dessas mulheres-mães e falo agora, particularmente, das que encontramos durante nossas visitas ao hospital. Elas não sabem que dia é hoje. Elas não sabem em que mês estamos. Elas não têm ideia de quando verão suas casas outra vez. Elas não pregam o olho. Elas se apartam da convivência da família. Elas lutam contra o sentimento de culpa por acidentes que elas não podiam prever. Elas conseguem tirar, de não sei onde, uma risada ou um sorriso, mesmo quando a profunda dor de verem seus filhos sofrendo de uma enfermidade grave lhes corta a alma. Elas conseguem passar dias e dias alimentando a esperança da boa notícia de que o filho já está bem e pode voltar para casa. Elas estão sempre predispostas a ser um escudo. Elas não desistem nunca. Não importa se são jovens demais (encontramos muitas delas), sem experiência, mesmo assim elas estão lá, amadurecendo à força, se formando na universidade da vida, cumprindo da melhor forma que sabem e podem suas obrigações de mães.

Me impressiona muito quando ouço essas mulheres dizerem que dariam qualquer coisa para estar no lugar dos filhos, de preferirem sempre que fosse com elas, como se todas as doenças coubessem nelas. Enfim, o que eu quero dizer mesmo, é que a convivência no ambiente hospitalar com essas mulheres me comove muitíssimo, com elas aprendo sobre força, sobre coragem, sobre amor incondicional, sobre ser mulher na sua condição mais plena. Nos seus olhos se pode ver abandono, dor, compaixão, solidariedade e, às vezes, até nada.

Mas, enfim, antes que as lágrimas me corram, deixo aqui meu profundo respeito e admiração por essas mulheres. No mês de maio um VIVA para todas as mães! E um biri biri biri especial para a mãe da Dra. Juca!

Dra. Greta Garboreta (Sueli Andrade)
Dra. Juca Pinduca (Juliana Gontijo)
Hospital do Grajaú  – São Paulo
Maio de 2012 

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coragem, homenagem, mãe

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Angela
Angela
10 a

Muito emocionante. Compartilho com Dra.Greta do profundo respeito e admiração por essas mulheres. Compartilho porque vivi e vivo dos “dois lados” da mesma experiência.

Um grande viva para todas essas mães iluminadas!

abraços

Alvinho
Alvinho
10 a

Eu creio DRª Greta e DRªJuca que é realmente sofrido estes momentos que estas Mães estão vivendo,mais creio também,que como DEUS é maravilhoso colocou estas duas doutoras no lugar certo para com esta doação maravilhosa que fazem, a medicação certa,o amor,carinho e os escandalosos sorrisos das crianças,graças á vocês,desejo que o menino Jesus que esta dentro do coração de vocês continue assim sempre presente atravez de vocês no meio desta criançada,trazendo esta cura atravez do sorriso beijos mil no coração das duas e de todos os outros DRs da alegria.

octavio
octavio
10 a

Eita, eu também tô com medo da mãe da Dra. Juca…Ui… E sua mãe heim Dra. Greta, parece até o meu pai com 113 anos ralô o bumbum empinando bicicleta, só faz arte. Mas brincadeiras à parte, este fantástico trabalho que realizam, onde nosso bondoso Deus vai à frente transformando tristeza em alegria e enfermidade em saúde e determinação. Lógico que o Besteriologista tem um papel fundamental da alegria e o bom humor. Oro, rezo pela eternidade deste trabalho fantástico e digno. Grande abraço, sucesso sempre!!!

Luciana Uyeda
Luciana Uyeda
10 a

Dra Greta,Dra Juca,amo vocês,choro lendo,muitos Biris biris biris e beijos de nariz vermelho para vocês!

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