No hospital encontramos muitas placas com tipos de precaução. Geralmente são cuidados com o contato, aerossol e gotículas. Mas naquele dia encontramos um perigo diferente…
Entramos no quarto de um garotinho de uns quatros. Deitado em sua cama, ele brincava com um boneco em formato de peixe boi. Fomos nos apresentando e conversando. Era nosso primeiro contato, então estávamos indo com calma pra tentar uma aproximação.
Falamos do peixe boi, que era marido da peixe vaca. Hmm, sem sucesso. Tentamos outras abordagens, mas nada fisgava a atenção completa do pequeno. Eis que chegamos a um assunto que lhe interessou. Não sei porque cargas d’água resolvemos falar de vampiros.
A partir daí, ficamos de ouvintes de suas histórias: os vampiros são da “Fransilvânia”, vivem no telhado e dormem de ponta cabeça, chupam sangue e viram morcego, uma vez na casa da minha vó entrou um morcego eu peguei, fritei e comi, e agora eu sou vampiro.
O quê? Um vampiro bem ali na nossa frente! O pequeno fazia barulhos assustadores e, com muita coragem, eu e Dra. Nina Rosa descobrimos um tipo de barulho que era capaz de espantar as criaturas. Ufa, conseguimos sair do quarto em segurança!
Foi aí que lembramos das precauções de contato. Pegamos um papel e uma caneta e colocamos na porta: precaução de vampiro. Claro, um alerta importante para as próximas pessoas que quisessem entrar no quarto do pequeno.