A arte ajuda a expressar, a dizer o que não se consegue dizer. E quando ela encontra ambientes ásperos, parece adquirir potência para traduzir afetos e sensações únicas que são vividos nesses lugares.
A artista síria Diala Brisly encontrou um novo lar para suas pinturas em campos de refugiados na Líbia e na Turquia. Seu país de origem, o Líbano, enfrenta uma guerra civil há cinco anos e quase quatro milhões de pessoas deixaram o país em busca de uma vida mais digna.
fonte: Hypeness
A ONU classificou os sobreviventes da guerra civil síria como a maior população de refugiados de uma guerra civil nesta geração. Veja as fotos desta série. Há mais de um ano, Diala trabalha junto a crianças, pintando barracas com cores vibrantes que transpiram vida.
Nos campos, os pequenos não têm acesso à educação e trabalham por longos períodos para ajudar no sustento de suas famílias. Vivem em barracas e sofrem com a alimentação insuficiente, entre outros problemas graves. Para Diala as pinturas têm o poder de “criar novas memórias para os jovens refugiados e transcender as realidades miseráveis dos campos. De outra forma, o campo é incolor“.
Assim como no hospital, a arte tem a capacidade de transformar as relações e trazer o foco para o lado saudável que nos habita. O encontro do palhaço com a criança hospitalizada e o encontro de Diala com as crianças sírias são provocadores, inspiradores e com incrível capacidade de gerar um combustível potente para a vida: a alegria.