A gente vem, acontece um monte de coisa, aí a gente vai! Mas, passam uns diazinhos e a gente volta. E nesse vai e vem todo, nos demos conta de que estamos quase completando um ano de atuação no Getulinho.
Em janeiro tiramos férias, ninguém é de ferro. E, sinceramente, já estávamos precisando retocar nossas marquinhas de biquínis, maiôs, sunguinhas e afins. Mas, para alegria geral e felicidade de todos, nossas férias terminaram logo após poucos dias do carnaval. Com isso, não tivemos outra opção a não ser colocar o nosso bloco na rua.
Eu já vi gente animada na barca Niterói x Rio de Janeiro, nos trens, praças, ruas, escolas, porém, nada se compara à alegria do povo do Getulinho. Em particular, dos funcionários.
A festa foi tão grande que deu até equipe de jornalismo cobrindo a bagunç… quer dizer, a festa. Um show de fantasias, alegria e samba no pé. Matilde foi nossa porta voz na entrevista e ela ficou tão nervosa diante das câmeras que deu umas escorregadas nas respostas aqui e acolá.
E quando todos ficamos na expectativa que ela iria falar besteira, ela foi lá e não nos decepcionou, falou mesmo um monte de bobagens e bobices no melhor estilo besteirológico.
Entre marchinhas e toda a algazarra, o nosso primeiro carnaval no Hospital Getulinho foi para nós um momento muito especial, porque coincidiu com o início das comemorações dos 33 anos de atividades dos Doutores da Alegria no Brasil.
Ahhhhh você não sabia?
Doutores da Alegria já atua há um tempão lá em São Paulo, também em Recife e, desde o ano passado, expandimos as ações no Rio de Janeiro, começando pelo Getulinho. Então, numa tacada só, comemoramos nossa volta ao trabalho. O carnaval e os 33 anos de atividades de Doutores da Alegria no Brasil.
Haja festa!
Este retorno nos deu um delicado e belo presente: reencontramos alguns pacientes que atendemos ao longo do ano passado, até que tiveram suas altas. Voltamos ao trabalho e lá estavam eles. Ficamos desconfiados. Será que eram mesmo os nossos pacientes?
Ou seriam versões pirateadas? Para provar que eram mesmo os nossos pacientes, eles começaram a puxar da memória características nossas que só eles conhecem e, com isso, nos vimos pelo olhar daqueles que nós atendemos. Olha, não tem como negar que foi uma experiência emocionante ver aquelas crianças ali na nossa frente, dizendo para nós a perspectiva deles de quem são Peteco, Matilde e Totó.
E, segundo eles, sabemos que: Matilde é muito enrolada, também bastante querida e conta com a amizade de todos; Totó é mais mandão e um pouco irritado; e o Peteco… faz um som agudo por cima, um som um pouco mais grave por baixo, esse último geralmente ele solta no elevador.
Que venha mais um ano de muito trabalho, encontros, alegrias, gargalhadas e viagens mais rápidas no elevador.
Dr. Totó (Marcos Camelo), Dr. Peteco (Pedro Fernandes) e Dra. Matilde (Letícia Medella)