O dia-a-dia de besteirologistas é repleto de emergências: extração de miolo mole, pum solto, nó na bexiga, febre do rato, entre outras coisas… Mas em um dia bem especial eu, dr. Chicô, e o dr. Mingal tivemos que deixar nossas funções medicinais para exercer outra tarefa: dar um nome e batizar uma menina.
Explico: entramos no quarto e, como é de costume, as camas têm o nome dos pacientes na grade. Fomos cumprimentando todos os pacientes:
– Olá, Joãozinho! Olá, Frederico! Olá, Albertina! Olá, Felizberto! Olá…
– Dr. Mingal, a paciente dessa cama não tem nome!, reparou dr. Chicô.
– Chicô, todo mundo tem nome!
– Então pergunta pra ela qual o nome dela!
O besteirologista Mingal se aproximou da menina:
– Qual é o seu nome?
Ela olhou para Mingal e desatou a rir. Não conseguiu responder. Perguntamos pra mãe.
– Ela tem nome?
A mãe disse que não sabia! Todo mundo quieto… Uai, se ninguém deu nome pra menina, a gente ia ter que batizar!
– A gente te nomeia, disse Chicô.
Dr. Mingal, o polivalente, continuou:
– Deixa comigo que eu faço o batismo! – pegou um copo, colocou água e se posicionou em frente à menina. Olhou para todos os lados e viu, ao lado da cama dela, escrito assim: “JEJUM”
– Aí está um belo nome pra você! De agora em diante eu te batizo: JEJUM!
Quando Mingal foi jogar a água do batismo, fez com força que jogou toda a água benta para trás, molhando completamente o dr. Chicô. Maluco da cabeça, Chicô saiu correndo atrás do Mingal pra puxar sua orelha.
Nem era sábado e já tinha tomado um belo de um banho…
Dr. Chicô Batavô (Nilson Domingues) e Dr. Mingal (Marcelo Marcon)
Hospital Santa Marcelina – São Paulo