Uma comunicação bem estabelecida. É assim que costumamos definir a alegria.
Com isso em mente, contamos a história de um paciente que mora na UTI do Hospital Barão de Lucena, no Recife. Desde que nasceu, o pequeno B. convive com as pessoas que trabalham ou que passam por ali. Impedido de falar, ao menos da forma convencional, ele tem seus próprios códigos pra estabelecer um diálogo:
1 piscada de olhos para “não” e 2 piscadas para “sim”.
O que temos percebido é que o verdadeiro diálogo acontece para além de algumas piscadas. Lá no fundo dos olhos de um azul celestial, percebemos e entendemos, verdadeiramente, o conceito de comunicação. Pelo olhar, não por palavras, não por gestos ou piscadas, mas, verdadeiramente, pelo olhar.
E é tanto o que ele pode dizer: aprovações, desaprovações, consentimentos, melancolia, alegria… Quem nunca se entregou através do olhar quando se está apaixonado, por exemplo? É assim que acontece com nosso querido B: o diálogo se estabelece e isso é o que importa!
Seja pelas piscadas ou “apenas” pelo olhar, a cada visita tem dois besteirologistas mais e mais apaixonados pela possibilidade de, a cada encontro, poder aprender um pouco mais sobre a importância da comunicação e a sua profundidade.
Dra. Baju (Juliana de Almeida) e Dr. Micolino (Marcelino Dias)
Hospital Barão de Lucena – Recife