Nós, besteirologistas diplomados e complicados, temos o dever de orientar e alertar nossos pacientes e acompanhantes sobre a onda de invasão de palhaços nos hospitais! Isso é extremamente grave já que hospital é lugar de gente… Séria!
Por este motivo, nós, Dr. Charlito e Dra. Pororoca, desenvolvemos o “EMIPH”: Eficaz Método para Identificação de Palhaços em Hospitais. Assim, quando alguém avistar um palhaço perdido em uma sala de cirurgia, um corredor ou uma enfermaria saberá identificar o impostor e denunciar o abuso.
Além de testar o método no hospital, apresentamos para nossos colegas besteirologistas e fizemos uma cena de teatro com ele, alcançando sucesso de público e de crítica. Sim, caros leitores, nosso método será difundido em todo o território nacional!
Então vamos ao método: os códigos de identificação do impostor!
Os palhaços são sujeitos chamativos, usam roupas esquisitas, com estampas do tempo do onça, muito diferentes de nós, elegantes e discretos besteirologistas.
Palhaço se cumprimenta batucando a padaria-buzanfa-poupança-almofadinha um do outro, e não com um simples e trivial aperto de mães, ops, mãos, como nós besteirologistas.
Palhaços fazem piruetas e estripulias, os besteirologistas no máximo fazem pilates.
Palhaços tropeçam, batem com o nariz na porta, trombam entre si e coisa e tal, e daí o que acontece? Vivem com o nariz vermelho! Mas os besteirologistas não, somos totalmente equilibrados e alinhadinhos.
Muitos palhaços usam perucas ridículas ou então chapeuzinhos engraçados, não é mesmo Dr. Charlito?
Ah gente, palhaços são… Paspalhos. Malucos, brincalhões, alegres, divertidos, musicais, poetas e excêntricos. Mas nós, os besteirologistas… Somos exatamente o oposto!
Né? Ou não né?
Dra. Pororoca (Layla Ruiz)
Dr. Charlito (Ronaldo Aguiar)
Hospital Santa Marcelina – São Paulo
Abril de 2013