É sério: rir faz bem à saúde. Inúmeros estudos, de universidades e instituições relevantes, comprovam que o ato de dar risada e, principalmente o de gargalhar, ativam substâncias em nosso corpo que trazem sensações benéficas.
O riso aumenta os níveis de dopamina, substância ligada ao prazer e o responsável pela alegria. Ela age no cérebro e nos faz sentir prazer, diminuindo os níveis de estresse, e melhora a capacidade do corpo de combater infecções. E tem mais: dar uma gargalhada pode reduzir a sensação de dor. A endorfina liberada no corpo cria um estado leve de euforia e tem ação analgésica, amenizando a sensação de dor.
Para o neurocientista cognitivo Scott Weems, o humor revela muito sobre nossa humanidade, sobre como pensamos, sentimos e nos relacionamos com o próximo, é a única forma que nosso cérebro encontra para lidar com diversas informações contraditórias ao mesmo tempo. Em suas pesquisas, ele mostra como estes hormônios nos tornaram seres em busca de emoção e de novas maneiras de melhorar a vida. Rindo, se possível.
“O riso é o resultado da longa batalha cerebral entre emoções e pensamentos opostos. Ao chegar ao ápice da confusão, sem nenhuma alternativa de solucioná-la, rimos. E, assim, não só reconciliamos as ideias contrárias como enxergamos respostas. Rir nos conecta a outras pessoas para dividir nossas lutas, temores e confusões.”, diz ele.
E, mais recentemente, um estudo finlandês trouxe a hipótese de que outras substâncias do nosso corpo, ativadas pelo riso, são capazes de promover laços afetivos entre todos os que compartilham a risada. Isso também explicaria por que a espécie humana foi capaz de estabelecer relações e vínculos sociais.
Nos hospitais, é fácil perceber como o riso modifica o ambiente e quebra barreiras, aproximando pessoas e criando laços. Não somos cientistas ou estudiosos do assunto, mas como besteirologistas – e bom observadores – seguimos confirmando a hipótese de que rir só traz benefícios à saúde.