Em outubro tivemos um momento muito marcante com uma querida paciente. Eu, dr. Chicô, e o dr. Mingal estávamos fazendo nossos exames de rotinas até que entramos no quarto da T.
T.: – Dr. Mingal, me dá um presente? É por que tá chegando o Dia das Crianças…
Dr. Mingal: – Claro pode pedir, só não pode pedir doce, porque tem gente que pensa que a gente é doceria!
T.:– Claro que não! A coisa que eu mais queria nesse Dia das Crianças é que você doasse a sua medula óssea pra mim.
Ela continuou…
– Tem muita gente querendo um presente neste dia, mas a única coisa que eu queria era sair daqui e ter uma vida normal.
Eu e Mingal começamos a falar do medo de agulha que temos e que desmaiávamos só de ver sangue. Mas ela prosseguiu:
– Você pode doar. Se não for compatível comigo, será compatível com alguém que está precisando.
Nesse momento, falamos que íamos doar, mas que não íamos doar tudo, pois tem muita gente que fica de olho na nossa comida e no nosso dinheirão… Todo mundo deu risada. A menina também.
Saímos do quarto e fomos logo saber o que era preciso para doar a medula. Pegamos todos os dados com os profissionais da Oncologia e vamos fazer nossa parte. Pra quem quiser informações, tem aqui e aqui também. É importante saber:
- O doador precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante);
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É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos hemocentros de cada estado.
E, como diz o dr. Mingal, pode ligar em qualquer telefone que a gente atende.