A conexão da dor da criança com a alegria é um tema profundo e que me causa vários questionamentos e arestas emocionais para entender esse efeito. Muitas vezes, as crianças hospitalizadas que atendemos estão nitidamente num processo de excesso de dor e ao ouvir o ultra som ou conectar com o vermelho do nariz a imunidade faz força pra dor rapidamente ser segurada ou ser interrompida e dar espaço ao suar da música e da brincadeira.
A resiliência infantil muitas vezes se manifesta na forma como as crianças conseguem superar a dor e encontrar momentos de alegria no dia a dia. E o cortejo de carnaval dentro do hospital aciona rapidamente esse efeito de resiliência para dar passagem a folia e o espaço a alegria
Essa capacidade de encontrar alegria mesmo diante da dor é inspiradora e nos lembra da importância de apoiar e proteger a saúde emocional das crianças.
Ao reconhecer e validar suas emoções, podemos ajudá-las a lidar com a dor de forma saudável, ao mesmo tempo em que incentivamos a expressão da alegria e tornando essa criança protagonista da sua história e de seus processos de cura.
Essa conexão entre dor e alegria na infância mostra que as experiências negativas não precisam definir a vida de uma criança, e que é possível cultivar momentos felizes mesmo em meio às adversidades.
Esse mês fiquei bem reflexivo acerca desse tema e acredito ser potente a discussão do real efeito do nosso trabalho em datas mundialmente comemorativas e que despertam sensos comuns nas pessoas. Foi potente ver tanta criança com dor, dançando. Seguimos na investigação desses efeitos para nosso trabalho nunca perder o sentido.