Na UTI, além dos quartos, tem também umas cabines sem portas na frente. Ao invés de portas, tem cortinas.
A cortina estava aberta só até a metade, então, Dra. Emily pergunta para a menina que estava ali na cama:
-“Poxa, aqui não tem porta, você quer que a gente coloque uma porta para você?”
A menina reponde que sim; e Emily se posiciona como se ela mesma fosse uma porta, e eu experimento o abrir e fechar dela.
-“Posso fazer outros tipos de portas também, se você preferir. Que tal uma com molas, igual de filmes de bang bang?”
Lá foi Emily se posicionar como uma porta de bang bang e, eu, testando o seu abrir e fechar.
-“Emily, sabe fazer uma porta giratória, igual aquelas de banco?”- perguntei à Emily, que
prontamente respondeu que sim e logo a montou.
Fui passar pela porta e ela travou, Emily perguntou se eu tinha alguma chave no bolso. Eu tinha e entreguei a ela, mas a porta travou novamente.
Eu fui entregando tudo que eu carregava nos bolsos: um guizo em formato de ovo, uma galinha de borracha, um fantoche de vaca, um lenço colorido, uma banana de plástico, uma caixinha de música… até eu ficar sem nada e liberar a passagem para ir embora.