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Planejamento anual: o desafio de montar um cubo mágico

1 de fevereiro de 2021
Tempo de leitura: 2 minutos

Lourdes Atié

Diretora de Formação da associação Doutores da Alegria. Socióloga e educadora, atua desde 2005 na organização.

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Começamos 2021 com a sensação de que 2020 ainda não acabou. Na verdade, a vida dos brasileiros ultimamente tem sido assim, afinal entramos na segunda onda da pandemia da Covid-19 sem termos saído da primeira.

E agora me debruço sobre o planejamento do novo ano e, como num cubo mágico, tenho que juntar as cores e, na vida, planejar sem ter a menor ideia por onde o Brasil vai caminhar. Difícil!

Essa incerteza não se dá somente para Doutores da Alegria. Todas as organizações sociais estão no mesmo momento.

Na educação formal, é tempo que se exige das escolas, sejam elas públicas ou privadas, um planejamento fechado como a cada ano que se inicia. Em 2021, além de não haver certeza sobre a volta presencial dos alunos, ainda há problemas de base.

O que realmente os alunos conseguiram aprender de forma remota? E o que deixaram de aprender? Como ficaram aqueles que nada receberam da escola quando o prédio fechou?

Mas o problema maior e muito pouco conhecido é como professores e alunos foram afetados emocionalmente pelo tempo em que estiveram distantes. Este desafio é gigantesco para as escolas de educação formal, na medida em que sabemos o quanto os aspectos emocionais incidem diretamente na aprendizagem.

Sabemos que não podemos esperar por certezas. Fazemos parte de uma organização que tem lutado bastante para que sua atuação não estacione em função da conjuntura pandêmica. Temos nos reinventado, descobrindo novas experiências profissionais, que resultaram em uma visibilidade muito maior que imaginávamos na internet.

E agora, olhando para a realidade como se fosse um desafio de montar um cubo mágico, atendendo à regra do jogo, em que as estratégias de solução e o tempo contam muito para encontrar uma solução, temos que avançar na execução daquilo que avaliamos como sendo um caminho possível.

Planejar ações para diferentes públicos, sem saber como a pandemia afetou a cada um, não é uma tarefa fácil. Mesmo sem saber do futuro imediato, não podemos ficar parados e, por isso, seguimos tentando combinar as cores do nosso cubo mágico.

E com a esperança de que, mesmo com todas as dificuldades que possam surgir, 2021 pode ser um ano fértil de experiências significativas, afinal nossa base é a linguagem do palhaço, campo onde o risco é um desafio e o erro uma inspiração. Então seguimos!

Na Escola Doutores da Alegria, teremos ações diversas de formação nos nossos dois sistemas de formação. Em ambos os sistemas, nossa Escola desenvolve a programação com uma metodologia própria, com elementos que possibilitam a qualidade do encontro, do olhar, da escuta, valorizando a ética da alegria.

No Sistema Lúdico de Saúde, voltado a profissionais de saúde, educadores e demais profissionais, além de grupos de voluntários e público em geral, vamos oferecer oficinas, cursos e encontros abertos com experiências que possibilitam encontros potentes em que o palhaço é inspiração, emprestando dele sua lógica e o pensamento livre, a curiosidade pelas coisas do mundo e pelo outro.

No Sistema de Formação e Prática Artística, teremos cursos diversos e treinos voltados para jovens aspirantes de palhaço, estudantes de artes cênicas, artistas e palhaços profissionais que buscam aperfeiçoar seu fazer artístico.

Estamos neste momento trabalhando muito para oferecer uma programação que possa encantar pela arte todas as pessoas que se interessarem em participar dessa experiência.

Mesmo com um ano tão imprevisível, não podemos perder a oportunidade de atuar naquilo que acreditamos, mesmo sem saber para onde caminhamos.

Afinal, como já nos ensinou Eduardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.”

Por aqui seguimos caminhando. E a cada nova etapa conquistada em nosso cubo mágico do planejamento, mais ainda temos que caminhar, afinal é para isso que serve a utopia!

Daqui a pouco vamos divulgar a programação da Escola e convidamos você, que está lendo este artigo neste momento, a vir conosco viver uma utopia!

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Lourdes Atié

Diretora de Formação da associação Doutores da Alegria. Socióloga e educadora, atua desde 2005 na organização.


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Escola, Quarentena

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cubo mágico, curso de palhaço, Escola Doutores da Alegria, formação, linguagem do palhaço, pandemia, planejamento, Sistema de Formação e Prática Artística, Sistema Lúdico de Saúde

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