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A vida não pode se resumir ao câncer

A vida não pode se resumir ao câncer

Por Nereu Afonso

2 minutos de leitura

17 de agosto de 2022

Acontece que aconteceu o seguinte:

Por essas coisas da vida, meu cotidiano hospitalar acabou se mesclando à minha vida pessoal.

É que meus pais têm câncer.

E, por essas artimanhas do destino, tanto minha mãe quanto meu pai “resolveram” passar juntos uma temporada convalescendo na ala oncológica de um hospital localizado no lado oposto da linha do metrô que me faz ir duas vezes por semana palhacear no Itaci, Instituto de Tratamento do Câncer Infantil.

Eu passava a noite com meus velhos na enfermaria e, pela manhã, partia para o trabalho.

Apenas algumas estações de metrô separavam o hospital em que eu estava com meus pais do hospital para onde eu ia trabalhar. A linha do metrô era a mesma, a patologia era a mesma, as medicações eram as mesmas e, acreditem, até um dos médicos era o mesmo. O tal doutor, assim como eu, transitava entre os dois hospitais.

A diferença é que eu mudava de função durante o trajeto da linha verde. Saía como acompanhante, olheiras nos calcanhares, e chegava para ser palhaço, sorriso nas bochechas (e maquiagem cobrindo as olheiras).

Outra coisa que muda é a idade dos pacientes. Uns oitenta anos separa a data de nascimento dos meus pais da data de nascimento das crianças do Itaci. E isso muda tudo!

Ser filho de alguém com câncer é duro. Ser pai de alguém com câncer é impensável.

Mas a vida não é só isso. Não pode se resumir num câncer. Só que era isso que eu não conseguia me dizer naquelas semanas viajando de um hospital ao outro.

E não ajudaram nada nessa tarefa os óbitos que se encadearam no Itaci nas semanas subsequentes.

É tão insólito: a semana em que K. morreu foi talvez aquela em que ele mais interagiu conosco. Apesar da gravidade do seu caso, havia uma disposição surpreendente em seu semblante. Ficamos sabendo do seu falecimento antes mesmo de voltarmos ao hospital na segunda-feira. Nas redes sociais, sempre tem um “amigo do amigo do colega do conhecido de alguém” que faz a informação chegar aonde menos se espera. Foi assim que a notícia entristeceu aquele nosso fim de semana e, até agora, momento em que escrevo, ainda me consterna.

S. faleceu uns dias depois. Em nosso último encontro, ele portava uma inusitada camisa da seleção brasileira: uma camisa cinza! Provavelmente uma roupa de treino, mas oficial, com brasão, estrelas e tudo mais. Como S. estava sonolento, me virei para a mãe dele e disse:

– Este menino está bem brasileiro hoje, não está?

– Hoje não, ele é brasileiro sempre, ela respondeu.

Nisso, S. abre a metade dos olhos e retruca:

– Não sou não, mãe.

– Ué, como assim não é brasileiro, meu filho?

E, do alto de sua infantil inocência, S. nos lança:

– Eu sou corintiano.

É essa inocência que resolvi guardar na memória, além de sua coragem diante do imponderável.

Não, a vida não é um câncer.

Boa parte das crianças tem alta e não são poucas as que se curam para sempre. E quando estão no hospital, tratam de brincar, cada uma do seu jeito, cada uma dentro de suas possibilidades.

L., no dia de sua alta, brincou de esconde-esconde com a gente. Esconderijo dentro do armário, atrás da poltrona e até agachada no meio do quarto tampando os próprios olhos com as mãos, como se não a víssemos.

P. nos aponta seu boneco do Incrível Hulk e pergunta:

– Sabe quem é mais brava do que o Hulk?

A gente balança a cabeça negativamente. Então P. responde:

– É a mãe dele, porque ele sempre volta para casa com a roupa rasgada!

E, para terminar, J. nos deu uma aula, ou melhor, uma lavada de 3 a 0. O garoto comia sua gelatina com um olho no celular e outro na TV. A mãe, requerendo a atenção de J. diante dos palhaços, desligou a TV. Nisso, J. voltou-se só ao celular (1 a 0).

A mãe retirou o celular, J. concentrou-se na gelatina (2 a 0). E, antes mesmo que a mãe tivesse a ideia de tirar a gelatina, nós já reconhecemos a derrota (3 a 0).

J. nem comemorou o resultado, apenas nos ignorou e engatou uma sequência de colheradas na sobremesa. Havia vida pulsando em J. e ele direcionou esse pulsar a outras coisas que não a gente. E está tudo certo. Nosso dia terminou com a sensação de missão cumprida.

Então eu volto para a linha verde, para mais uma jornada ao lado dos meus velhos. Chegando lá, viro para o meu pai, para minha mãe, e começo:

– Vocês sabem quem é mais brava do que o Incrível Hulk?

*Usamos apenas as iniciais dos nomes das crianças para preservar suas identidades.

Nereu Afonso

Tags

câncer, câncer infantil, como lidar com o câncer, Doutores da Alegria, histórias de hospital, Instituto de Tratamento do Câncer Infantil, ITACI

Categoria

Diário de Palhaço
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LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS – LGPD

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I – DOUTORES DA ALEGRIA é uma associação civil sem fins lucrativos, e tem como propósito “intervir na sociedade propondo a arte como ‘mínimo social’ para crianças, adolescentes e outros públicos em situação de vulnerabilidade e risco social, privilegiando hospitais públicos e ambientes adversos, tendo a linguagem do palhaço como referência. A partir desta intervenção, ampliar canais de diálogos reflexivos com a sociedade, compartilhando o conhecimento produzido através de formação, pesquisa, publicações e manifestações artísticas, contribuindo para a promoção da
cultura e da saúde e inspirando políticas públicas universais e democráticas para o desenvolvimento social sustentável”


II –
Esta política de privacidade, foi elaborada nos termos da Lei no 13.709, de 14 de agosto de 2018 e tem por objetivo a proteção dos dados pessoais que são coletados e gerados quando você se relaciona de alguma forma com a associação DOUTORES DA ALEGRIA. Além disso, explica como seus dados pessoais são usados, compartilhados e protegidos, quais opções você tem em relação aos seus dados
pessoais e como você pode nos contatar.

1. A quem se aplica?

Se você está lendo este documento, esta política se aplica a você. As orientações
mencionadas se aplicam aos dados coletados de parceiros, doadores, alunos,
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DA ALEGRIA.

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Alguns termos que irão ajudar você a entender todas as orientações desta política:

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Dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção
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filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou
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Dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado,
considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de
seu tratamento;

Banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou
em vários locais, em suporte eletrônico ou físico;

Titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de
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Acesso: Ato de ingressar, transitar, conhecer ou consultar a informação, bem como possibilidade de usar os ativos de informação de um órgão ou entidade, observada eventual restrição que se aplique;

Armazenamento: Ação ou resultado de manter ou conservar em repositório um dado;

Arquivamento: Ato ou efeito de manter registrado um dado embora já tenha perdido a validade ou esgotado a sua vigência;

Avaliação: Analisar o dado com o objetivo de produzir informação;

Coleta: Recolhimento de dados com finalidade específica;

Controle: Ação ou poder de regular, determinar ou monitorar as ações sobre o dado;

Difusão: Ato ou efeito de divulgação, propagação, multiplicação dos dados;

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Eliminação: Ato ou efeito de excluir ou destruir dado do repositório;

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Processamento: Ato ou efeito de processar dados visando organizá-los para
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Transferência: Mudança de dados de uma área de armazenamento para outra, ou
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Transmissão: Movimentação de dados entre dois pontos por meio de dispositivos
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Utilização: Ato ou efeito do aproveitamento dos dados.

3. Princípios Gerais sobre o tratamento de dados pessoais adotados pela associação DOUTORES DA ALEGRIA:

•  Os titulares de dados pessoais sempre serão informados sobre quais dados
serão coletados e sua finalidade;
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A associação DOUTORES DA ALEGRIA é a responsável legal pelo armazenamento
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Mesmo em projetos e ações que sejam viabilizados em cooperação ou parceria com outras organizações e empresas, nos quais a responsabilidade pode ser dividida, os princípios gerais desta política são mantidos.

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9. Aperfeiçoamento da Política de Provacidade

A associação Doutores da Alegria compromete-se a periodicamente revisar e
aperfeiçoar a presente política, além de dar ampla visibilidade a este documento,
mediante a publicação do mesmo no site da organização.

10.Base legal utilizada

Esta Política de Privacidade foi baseada na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei no 13.709/2018 e orientações do Guia de Boas Práticas da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais realizado pelo Governo Federal.

11.Outras Informações

Dúvidas a respeito da aplicação desta Política e da adequação de qualquer conduta relativa a dados pessoais deverão ser enviadas para o e-mail
doutores@doutoresdaalegria.org.br

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