Mas minha gente, a gente tava numa ansiedade só pra voltar a fazer o nosso São Joãozinho nos hospitais. Não foi do mesmo jeito (aiiiiinda), mas deu pra esquentar os corredores e enfermarias por onde passamos. Cada um de nós veio de um jeito, repara:
Dr. Dud Grud veio de Fogueira e, como bom ritmologista que é (sua especialidade), foi o responsável por manter o ritmo, aquecendo a geral. Eu, Dra. Baju, vim de Santa Paciência – fundamental para muitos momentos na vida, mesmo, às vezes, faltando um tiquinho. Não vai dizer que você também não se impacienta? Hum!!!)
Continuando… Dr. Gonda veio de Correio Elegante – tava chique de doer, disparando torpedo pra tudo quanto era lado. E, pra terminar de embelezar o nosso cortejo, teve ele: o São Foneiro, o convidado especial Dudu do Acordeon.
O nosso cortejo se aprontou e saiu tinindo! Rodopiamos pelos corredores do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, no Recife, até chegarmos ao 6º andar.
Teve xote, baião, dança pelo salão. Não! Toda a evolução aconteceu no posto de enfermagem. Técnicas de enfermagem, médicas, médicos, estudantes, enfermeiras e enfermeiros, estavam tudo por lá! Na hora do balanço, as mães se achegaram para embalarem os seus bebês, aí foi demais! A música dizia:
Tô nos braços de mamãe
Pra ela me acarinhar
Apareça, valentão
Para me tirar de lá
Nos braços dela, eu vou morar
E ninguém ia se atrever com isso! Foi só o momento da gente ensinar as mães a embalarem seus bebês até eles ficarem umas tapioquinhas nos seus braços. Elas arrasaram nesse embalo!
E a equipe multidisciplinar também não deixou a desejar, dançando a coreografia do lançamento musical que fizemos: “Não me enxote”. Cada paradinha do xote, a equipe pinotava de um lado pro outro. O refrão dessa música dizia assim:
Não me enxote
Não me enxote
Chega mais perto pra gente
Dar uns pinote’
Não me enxote
Não me enxote
Vem bem juntinho
De cangote pra cangote
No hospital, a nossa gente tava linda demais, fazendo beleza e revivendo memórias. O São João é essa festa quente, cheia de vida e que nos pega pela lembrança, jogando a gente lá na infância pra lembrar que há tempo de celebrar e acender aquela fogueira lá no peito.