Começarei este texto contando o que me inspirou a fazê-lo! Pois bem: no quarto estavam a Má e a Mel. Como Má fazia caretas, perguntamos se ela estava incomodada com alguma coisa.
– É que estou tomando um soro meio ruim!
Mel, que estava atenta à conversa, interferiu:
– Se você está tomando um soro que é só meio ruim e você já tomou a metade, pensa que agora só falta tomar a parte meio boa!
Achei genial!
– Nossa, Mel, como você é inteligente!
– Sou mesmo, já aprendi até o “alfabetário” inteiro, olha só: A B C F D H N T Q P W X Y Z!
– Incrível!
Ela desbancou a teoria de que os fins justificam os meios! Neste caso, os meios não justificaram os fins, mas ela começou e terminou bem, e isso justifica eu tê-la elogiado! Bem, mas nem era disso que eu queria falar.
Esse caso me fez pensar nas letras! Que beleza que são as letras! Que bonito é quando a gente aprende a juntá-las e começa a saber o nome das coisas e começa a pensar por meio delas e vira até poeta quando se aproxima mais delas!
Pensando nisso, decidi falar do hospital por meio do alfabeto! Vamos lá?!
A – A enfermeira providencia o acesso… algodão, álcool, agulha. Que agonia! Mas depois vem a alta!
B – Para curar a birra tem a brinquedoteca, para informação, balcão da enfermagem e para uns bons suspiros, os bebês.
C – Curativo e cirurgia geram choro, mas para compensar tem o colo.
D – Quando está dodói e tem dor, toma o remedinho, deita e dorme.
E – Espera… exames… expectativa… resultados…. Não era nada, que alívio!
F – A fisio diz: “Faz força! Aperta a minha mão! Isso, muito bem!”
G – Gaze, gesso, grito! Depois os nomes dos amigos!
H – Hospital, lugar cheio de histórias!
I – Internação… isolamento. Dentro e fora do hospital.
J – Jalecos para lá e para cá, joguinhos no celular.
K, Y e W – delas eu falo depois.
L – No leito de quem já sabe ler, um livro vem bem. A brinquedoteca está cheia deles!
M – Mãe e médico, presenças indispensáveis. Máscaras, quem diria que fariam parte do vestuário!
N – Quando perguntamos para as nutricionistas o que não poderia faltar se fizéssemos um churrasco, elas disseram: Nós!
O – Para o obnubilado, observação!
P – Palhaço na pandemia, só pequenininho na tela.
Q – Questão: Qual será o quadro clínico do pintor?
R – Riso, respeito e responsabilidade na adversidade.
S – Socorro! Que solidão ultimamente!
T – Tablet: Nosso grande aliado dos últimos tempos de distanciamento.
U – No ultrassom que o palhaço faz, só a risada aparece, a doença não!
V – Aqui peço licença para falar de um pai acompanhante, mais um trabalhador desempregado nessa terra de meu Deus. Sorridente, simpático e sempre acolhedor, seu nome: Vanderlei – com V e com I, um legítimo brasileiro, nada de W e Y.
X – Xiiiiii! Xixi. Pausa. Volto já!
Z – Depois do Z, eu ia falar do K, Y e W, mas fritei o cérebro buscando as palavras que comporiam esse este e o fato é que me deu um sono danado. Portanto me despeço antes que zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz.
Por Dra. Greta Garboreta e Sueli Andrade (juntas e misturadas), que têm como parceiro o Dr. Chabilson (Allan Benatti) no Hospital do Grajaú, em São Paulo.