Encontramos o U. na emergência do Hospital Barão de Lucena. O menino estava com caso sério de riso solto: ele ria e girava a cabeça a cada pergunta que a gente fazia.
Marcamos uma nova visita para outro dia. Qual foi a nossa surpresa quando, mais tarde, demos de cara com o menino chorando muito. Nem parecia o mesmo garoto do começo da manhã! Ao seu lado havia uma enfermeira com atitude suspeita. Partimos para o interrogatório:
Enfermeira?
Eu!, disse ela aparentando tranquilidade.
Serviu agulha frita para o U.?
Não, doutor!
Tentou achar a véia dele?
Também não.
Então confesse porque chora o menino!
Bem… Ele quer se levantar pra fazer xixi, mas não pode. Ele tem que fazer deitado!
veja só: o menino que tinha riso solto estava agora com xixi preso. Foi então que tivemos a brilhante ideia e entramos em ação: em primeiro lugar, botamos pra correr todos que estavam em volta da cama dele. Depois, pegamos um lençol, fizemos uma tenda para protegê-lo dos olhares alheios e cantamos uma música improvisada cuja letra era:
♫ ♪ Chii… chiii! Chii… chiii…!
O resultado veio logo e o alívio foi imediato. Mais um caso solucionado!
Dr. Lui (Luciano Pontes)
Dr. Eu Zébio (Fábio Caio)
Hospital Barão de Lucena
Abril de 2013