Entre as inúmeras perguntas que chegam pra gente diariamente, elencamos algumas básicas pra quem pensa em fazer visitas a crianças hospitalizadas. As dicas abaixo não substituem uma formação, são apenas um pontapé inicial do que acreditamos para que seja feito um trabalho ético e com qualidade, sempre respeitando quem está do outro lado.
De todas, sem dúvida a mais importante é: não esqueça nunca de que você lidará com jovens. Uma parte está doente, mas a outra está saudável! Olhe sempre de igual para igual, e não com piedade ou dó, isso faz mal.
Se você tem dúvidas sobre maquiagem, consulte este link. E entre em contato conosco, se quiser: rede@doutoresdaalegria.org.br.
PRIMEIRA ABORDAGEM
Perguntas como “Tudo bem?” devem ser trocadas por “Como vocês estão hoje?”. Muitas crianças não estão bem em meio a um tratamento no hospital, e uma pergunta mal entendida pode dificultar o primeiro encontro.
DIAGNÓSTICO
Converse com a equipe de Enfermagem para saber se tem alguma situação em que o paciente esteja com uma aparência que possa assustar um leigo – por exemplo, um tumor muito grande no rosto. Isso é fundamental para que não fiquem sem saber o que fazer. Se não souberem lidar, não entrem no quarto.
JOVENS ACIMA DE TUDO
Não podemos, antes de qualquer coisa, nos esquecer de que eles são jovens! Uma parte está doente, mas a outra está saudável! Olhe sempre de igual para igual, e não com piedade ou dó, isso faz mal.
TROCA DE INFORMAÇÕES
As crianças de longa internação passam grande parte do tempo na brinquedoteca e aprendem muitas atividades manuais. Vocês podem trocar informações. O que eles podem ensinar para vocês?
CUIDADOS COM HIGIENE – ISOLAMENTO
Muitas crianças podem estar usando máscara, outras podem estar fracas e não podem ter contato com nenhum vírus ou bactéria. Por isso é muito importante respeitar os avisos nas portas, lavar as mãos antes e depois de sair de um quarto (sempre leve e use álcool gel).
MÚSICAS, BRINCADEIRAS E HISTÓRIAS
É interessante levar um violão para cantar músicas que eles gostem de ouvir. Vocês podem fazer uma pesquisa antes, com a equipe do hospital e os acompanhantes, para saber o que as crianças gostam. Atenção sempre para o volume em determinados locais.
Outra ferramenta são livros para contar histórias. Proponha jogos que não exigem movimentação, caso as crianças estejam tomando medicação intravenosa ou não possam sair da cama. Um bom exemplo é jogo “Stop”.