Festejar o São João nos hospitais, junto a crianças, seus pais e profissionais de saúde, não é só uma celebração. Pra gente, também é uma forma de levar a cultura popular brasileira, que tem suas raízes nas festas de rua, para quem está hospitalizado.
Ao passar pelos corredores das enfermarias com trajes caipiras e fazendo música ao vivo, com ajuda da sanfona e da zabumba, os palhaços convidam as pessoas para saírem dos quartos e se relacionarem. Para cantarem, dançarem. E, principalmente, para olharem o hospital de outra forma – não como um espaço frio e sisudo, e sim como um ambiente de acolhimento e de relações.
No Recife, a companhia de Dudu do Acordeon (ou “São Foneiro”!) deu o tom da festa, que culminou com a apresentação de um cordel.
Em São Paulo, o cortejo formado por dez artistas contou com uma quermesse e um show de calouros em pleno hospital. E no Rio de Janeiro, a música foi a principal atração, com a presença do grupo Conexão do Bem e músicos da Orquestra Voadora, da Sinfônica Ambulante e do Grupo Milongas.
E depois de passar por dezoito hospitais públicos, temos uma certeza: a festa do hospital não perde em nada pra festa da rua.