A equipe de saúde do Hospital Geral do Grajaú é bem musical.
Descobrimos uma dupla de estudantes internos, oriundos do Mato Grosso, com um talento especial para o violão e o canto.
Eu, dr. Zequim, passei meu instrumento para eles e, junto com a minha parceira, Greta Garboreta, ficamos uns bons minutos apenas ouvindo e nos deliciando… Trabalho duro esse, não?
Junto conosco uma pequena multidão se formou no balcão de enfermagem da Cirurgia Pediátrica. O tempo deu uma parada. Seus colegas internos não sabiam do talento de seus pares. Os pacientes, adultos e crianças não imaginavam que futuros médicos também podiam se divertir durante o trabalho.
Mal sabem os estudantes-músicos, ou talvez saibam inconscientemente, que aquela quebra na rotina pode ser inibidora de estresse e, consequentemente, geradora de uma melhor relação com pacientes e professores que por lá circulam.
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Equipe musical, mas não tanto.
Na UTI ela já é conhecida como “Tomatinho”. Na verdade, trata-se de uma auxiliar de Enfermagem que se vê como compositora e intérprete.
É só ela começar a cantar que o tempo fecha, as nuvens se carregam e suas colegas fogem de perto dela. Não se sabe o que incomoda mais, se é a melodia descompassada ou a letra estapafúrdia.
Pra resumir, a nobre composição relata a triste história de um pobre tomatinho que virou ketchup. Ninguém aguenta mais. E como ela sabe disso, ela canta, ela canta! E o povo foge, rindo, rindo.
É, minha gente, a concorrência para nós anda quente por aquelas bandas. Estudantes com talento para o canto, auxiliares de Enfermagem com talento para o humor… Tá tudo certo! Quem ganha são as crianças!
Dr. Zequim Bonito (Nereu Afonso), direto do Hospital Geral do Grajaú, em São Paulo.