Desde o final de 2023, Doutores da Alegria vem sendo rodeada de desafios. Para começar, a antiga sede em São Paulo precisou ser entregue ao avanço imobiliário, o que obrigou a organização a se mobilizar e se reorganizar para alocar estudantes e equipes para dar continuidade às aulas e atividades administrativas, ao mesmo tempo em que encontrava um novo lar.
Nesse meio tempo, enquanto a associação se preocupava em ocupar e reformar a nova sede paulista para abrigar equipes, elenco e demais projetos da organização, outro desafio ainda maior se aproximava, colocando em risco o trabalho de Doutores da Alegria.
Prestes a completar 33 anos de existência, Doutores da Alegria se vê frente a um momento bastante delicado em relação aos recursos financeiros disponíveis para a continuidade das atividades nos próximos meses de 2024.
É certo que esse desafio vem cercando a associação desde a pandemia da Covid-19, período que afetou gravemente as organizações da sociedade civil, mas não da forma como é encontrado hoje.
O que também agravou esse desafio, transformando-o em um impasse quanto ao futuro da organização, foram as alterações nas regras de utilização da Lei de Incentivo à Cultura realizadas na última Gestão Federal, entre os anos de 2021 e 2022, com impactos sentidos até hoje nas instituições e projetos que dependem desse fomento – que determinava, em específico, a extinção dos planos anuais de arrecadação.
Outra complicação foi a mudança no modo de apuração de lucro de muitas das empresas patrocinadoras da organização no último ano – de anual para trimestral, que também gerou uma redução significativa da liquidez de recursos para a realização das ações planejadas para 2024.
Doutores da Alegria, como OSC, sempre foi mantida pelo engajamento da sociedade brasileira com doações de pessoas físicas e jurídicas, principalmente utilizando a Lei Federal de Incentivo à Cultura e outros importantes incentivos de Leis municipais (SP e RJ), estadual (SP) e o fomento no estado de Pernambuco.
Mas, durante todos os anos de atuação, foi somente com o incentivo da LIC que conseguimos abarcar a complexidade e totalidade de ações realizadas nas três unidades: São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
Os mais de 2,5 milhões de atendimentos realizados desde 1991 às crianças internadas nos hospitais públicos são reflexos desse apoio social à organização por tantos anos.
Hoje, esse desafio de baixa arrecadação já foi sentido em projetos que não serão mais realizados, como a abertura de dois novos hospitais e a criação de um centro de documentação e de memória com registros audiovisuais e acadêmicos de mais de três décadas. 40% das atividades deixarão de acontecer em 2024.
Em um futuro próximo, se não conseguir reverter a situação, Doutores da Alegria pode não mais existir, se tornando apenas uma lembrança do pioneirismo da palhaçaria nos hospitais brasileiros que incentivou o direito ao brincar de crianças hospitalizadas, quebrou paradigmas da intersecção da arte e da saúde, que inspirou a política de humanização hospitalar e trabalhou pela democratização do acesso à cultura.
Como há 33 anos a sociedade entendeu que a causa da arte do palhaço no ambiente hospitalar era justa e necessária, hoje, necessitamos novamente do apoio da sociedade civil, seja em forma de doações, parcerias ou compartilhando a nossa causa, para que Doutores da Alegria continue atuante.
Para fazer uma doação direta para Doutores da Alegria, clique aqui: doar.doutoresdaalegria.org.br
Para conversar com Doutores da Alegria sobre outras formas de apoiar a organização, como a realização de ações de Marketing de Causa, compra de intervenções artísticas ou doações via leis de incentivo, entre em contato pelos e-mails:
- Marketing de Causa e Intervenções – parcerias@doutoresdaalegria.org.br
- Leis de incentivo – empresas@doutoresdaalegria.org.br