No mês mais carnavalesco do ano, Doutores da Alegria transforma os corredores hospitalares em ladeira, rua e avenida com muita festa e folia.
O carnaval Doutores da Alegria já é tradição e acontece anualmente nos hospitais públicos parceiros da organização, com músicas autorais e outras versões cômicas de canções conhecidas dessa época.
Antecedendo os dias oficiais de festejos pelo país, os desfiles acontecem de 5 a 8 de fevereiro, convidando mães, familiares, crianças, pessoas adultas internadas e equipe médica a enfeitarem os quartos e abrirem alas para as apresentações.
Os artistas de Doutores da Alegria se inspiram nos próprios blocos de rua, na cultura tradicional e nas festas regionais para formar os cortejos apresentados nas unidades de saúde.
“Toda a ação é construída a partir da linguagem do palhaço, com base no improviso e no humor, potencializando as relações saudáveis e contribuindo com a inclusão sociocultural”, resume o diretor artístico da associação, Ronaldo Aguiar.
Manguebeat e homenagem aos 33 anos da organização embalam os cortejos deste ano
Em Recife, o Miolinho Mole pega carona no próprio carnaval do Recife e homenageia a cirandeira Lia de Itamaracá e o movimento manguebeat.
Além do frevo e ciranda, os palhaços e palhaças cantam A Praieira, em uma paródia muito especial da música de Chico Science e Nação Zumbi: O meu sorinho antes do almoço é muito bom pra tirar uma soneca melhor!.
“A cultura do carnaval é muito forte para os pernambucanos de todas as regiões do estado e mesmo quem está nos hospitais, passando por um momento difícil, também merece brincar e extravasar”, conta Arilson Lopes, coordenador artístico da unidade Recife de Doutores da Alegria.
No sudeste, o Bloco do Riso Frouxo leva a festa de Momo para os hospitais paulistas em sua 6ª edição.
Em homenagem aos 33 anos de Doutores da Alegria (que faz aniversário em setembro), os grupos puxam o coro do tema Diga 33 com uma música feita em referência à clássica frase que costumava ser dita por médicos no momento de fazer a auscultação dos pulmões de pacientes.
Sem ficar para trás, os hospitais parceiros da organização no Rio de Janeiro estão recebendo a mistura do mundo do circo com a espontaneidade das festas de carnaval de artistas profissionais da Orquestra Circônica desde o dia 1º de fevereiro.
O repertório do grupo, que faz parte do projeto Plateias Hospitalares, é composto por músicas de circo e desenho animado, temas clássicos do jazz, Charlie Chaplin, Edith Piaf, Dick Tale, misturado ao clima das tradicionais marchinhas de carnaval que conduzem as fanfarras cariocas.
No embalo festivo, o trio de besteirologistas do Hospital Getulinho fará uma intervenção caracterizada com fantasias de carnaval.
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Veja a agenda completa das apresentações nos hospitais
Recife
- 5 de fevereiro: Imip – Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira;
- 6 de fevereiro: Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Procape;
- 7 de fevereiro: Hospital da Restauração;
- 8 de fevereiro: Hospital Barão de Lucena
São Paulo
- 5 de fevereiro: Instituto da Criança – ICR, Instituto de Tratamento do Câncer Infantil – ITACI e Hospital do M’ Boi Mirim;
- 6 de fevereiro: ICR, Hospital do Grajaú e Hospital do Campo Limpo;
- 7 de fevereiro: Hospital do Mandaqui e Hospital Santa Marcelina;
- 8 de fevereiro: Hospital Santa Marcelina e Hospital Universitário da Universidade de São Paulo.
Rio de Janeiro
- Orquestra Circônica: Instituto Nacional de Cardiologia, 01/02; Hospital Estadual Azevedo Lima, 02/02; Hospital Estadual Eduardo Rabello, 05/02; Hospital Estadual da Mulher, 06/02, Hospital Municipal da Piedade, 07/02; e Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, 08/02.
- Trio de besteirologistas: Hospital Getulinho, 08/02.