O primeiro dia do Encontro Nacional seguiu com uma discussão sobre formação de redes.
Fátima Pontes, coordenadora da Escola Pernambucana de Circo e presidente da Rede Circo do Mundo Brasil, trouxe inspirações para aprimorar e aumentar o engajamento da rede de palhaços nos próximos anos.
Ela partiu do histórico da Rede Circo, que surgiu em 2000 com cinco instituições que tinham o desejo de trabalhar com a pedagogia do circo social. “Como faz pra dizer o que é circo social? Quem diz que trabalha com circo social trabalha mesmo? Muitas questões surgem com a constituição de uma rede”, explicou Fátima Pontes.
Em 2004 aconteceu o primeiro encontro nacional. A visibilidade da Rede Circo do Mundo Brasil aumentou com a exposição de grupos como o Cirque du Soleil e com os resultados obtidos com a rede. Hoje ela é uma federação constituída, com estrutura administrativa, e 20 instituições participantes, além de sócios e educadores.
“Toda rede precisa ter uma causa, é o que une os seus membros”, comentou. Segunda ela, uma rede forte e engajada aumenta muito o impacto do trabalho, pois com sua força pode influenciar políticas públicas e ampliar os resultados das ações dos membros envolvidos. Outros benefícios são a troca de experiências, o relacionamento com parceiros e a mobilização de recursos para a causa.
Fátima terminou a apresentação propondo questionamentos aos grupos do Palhaços em Rede. “Todos os membros têm consciência dos objetivos da rede? Estão na mesma sintonia? Hoje são mais de 1000 grupos na rede, fora os grupos pelo país. Queremos uma rede tão grande?”
A experiência e os desafios propostos por ela foram muito inspiradores para que esta rede de palhaços seja cada vez mais efetiva e focada em levar um trabalho de qualidade aos hospitais.