Está lançado o desafio: você sabia de todas essas particularidades do nosso trabalho?
1. Os palhaços não são médicos, são artistas.
A figura do médico foi a nossa inspiração, mas os artistas são formados em áreas das Artes Cênicas, com especialização na linguagem do palhaço.
Fazemos uma paródia do médico, a figura de maior autoridade nos hospitais, justamente para criar um contraponto na relação com as crianças. Os palhaços se apresentam como besteirologistas e a diferença também se dá na disposição de cada um – o médico se prepara para o acerto; o palhaço, para o erro.
2. O trabalho é gratuito para os hospitais, mas não é voluntário.
Doutores da Alegria nasceu com uma vocação artística; estamos comprometidos com a linguagem do palhaço.
Nos hospitais, atuamos em quase todos os setores que dizem respeito à pediatria, do Pronto Socorro à UTI, por 12 horas semanais. Além das intervenções nos hospitais duas vezes durante a semana, os artistas participam de treinamentos todas as sextas-feiras na sede e fazem ensaios para espetáculos. Exigimos comprometimento e profissionalismo.
A maneira como optamos por nos estabelecer, valorizando o trabalho profissional, foi para gerar conhecimento e legado para futuras gerações. Assim, todos os artistas que atuam na associação são remunerados, mas o trabalho é oferecido de forma gratuita para os hospitais e o público beneficiado.
3. Nossa inspiração não foi Patch Adams.
Apesar de aparentes semelhanças entre a associação Doutores da Alegria e o ativista Patch Adams, há muitas diferenças na sua forma de atuação.
Ambos beberam da mesma fonte, que é a arte do palhaço. Patch Adams é formado em Medicina e utilizou a linguagem do palhaço para qualificar a sua atuação junto a crianças hospitalizadas. Seu método é terapêutico, ou seja, ele se propõe a levar amor às crianças e se utiliza da comicidade para promover a cura e o bem estar.
Doutores da Alegria, fundada pelo ator Wellington Nogueira em 1991, foi inspirada na iniciativa Clown Care Unit, de Nova York (EUA), que entendia o hospital como um palco possível para o palhaço. Temos um grupo de artistas especialmente treinados que realizam intervenções cênicas em leitos pediátricos de hospitais públicos, mas sem fins terapêuticos. O objetivo é inspirar relações humanas.
4. Temos uma Escola.
A Escola dos Doutores da Alegria surgiu em 2007 como uma escola de arte, com pedagogia própria no ensino da máscara do palhaço. Ela atua na formação de públicos diversos – desde voluntários de grupos semelhantes a profissionais que queiram exercitar a criatividade – e também de artistas para intervir em palcos diversos, improváveis, onde as escolhas os levarem, como o hospital.
Entre as iniciativas da Escola destaca-se o Programa de Formação de Palhaço para Jovens que oferece a jovens de 17 a 23 anos, em situação de vulnerabilidade social, uma iniciação na carreira artística voltada à linguagem do palhaço.
5. Somos uma associação, não um grupo.
Com sede em São Paulo e unidades em Recife e Rio de Janeiro, a associação Doutores da Alegria conta hoje com 64 colaboradores, entre artistas e equipe técnica. Todos são remunerados e trabalham de forma não voluntária.
Como uma associação da sociedade civil sem fins lucrativos, Doutores da Alegria possui certificações próprias de entidades civis e prêmios de reconhecimento, além de parcerias com os setores público e privado.
E aí, ficou surpreso? Se tiver alguma dúvida sobre o nosso trabalho, acesse as perguntas frequentes ou mande um sinal de fumaça 😉