Alegria e bom humor são geralmente associados ao trabalho de um palhaço. Ou ao que ele deveria deixar após um dia de trabalho com crianças hospitalizadas.
Mas nem sempre essa associação é absoluta – tudo depende da relação que o palhaço estabelece com a criança. Wellington Nogueira e Vera Abbud, os primeiros artistas do Doutores da Alegria a encararem esta rotina hospitalar, falam sobre esta experiência. A entrevista completa está no site da Revista Trip.
“Acho que no hospital deparamos com situações que nos fazem ver muitas coisas simples do dia a dia como uma dádiva. Nos faz relativizar as dificuldades. Mas o mal humor faz parte da vida também, pois senão seria uma vida anestesiada, irreal”, conta Vera, que ingressou na organização em 1991 e até hoje atua em hospitais paulistanos como Dra Emily.
“Um bom antídoto contra o mal humor e, consequentemente, para ter alegria é você aprender a respirar e tentar rir de si mesmo. Já conheci muita gente tão mal-humorada que chegava a ser engraçada, não para elas mesmas, claro. É preciso ver como você fica ridículo quando escolhe o caminho do mal humor, uma maneira de não olhar para si mesmo. É aí que começa a doença”, completa Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria.
Ele conta uma história que transcorreu em uma UTI: “A gente estava tocando uma música para a criança, aí o médico chegou e falou “Olha, um violão! Empresta ele aí”. Ele pegou o violão e começou a tocar um rock para a criança. Ela adorou, nunca tinha visto o médico fazendo isso, nem sabia que ele gostava de rock. Aquela criança e aquele médico estavam se relacionando como pessoas, não mais como médico e paciente…”
Segundo Vera, o bom humor traz leveza, mostra outras possibilidades. “O humor é uma reação à uma situação de desequilíbrio, é um jeito de falar de um assunto muitas vezes espinhoso mas sem aniquilar as partes envolvidas. É uma forma inclusiva de abordar uma situação. O riso contagiante é para todos, se não for assim temos alguma forma de constrangimento.”
A entrevista completa está aqui. E você, como mantém o bom humor diante das dificuldades do dia a dia?