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Uma mensagem do Doutores da Alegria neste Dia da Mulher

8 de março de 2019
Tempo de leitura: 1 minutos

Gabriela Caseff

Editora do Blog. Atua na comunicação da Doutores da Alegria desde 2011 e é repórter na Folha de S.Paulo

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Tem muita mulher no hospital. Tem mãe, tem filha, tem avó. Tem enfermeira, médica, auxiliar de limpeza. Ascensorista, segurança, recepcionista. Tem freira. E pasmem: tem até palhaça.

Enquanto passamos de quarto em quarto, a gente vê mulher medindo a febre, passando o plantão, amamentando, tomando decisão, preparando o remédio, dormindo, examinando, dando bronca, visitando. Para algumas, estar ali faz parte de sua rotina de trabalho. Para outras…. Uma parada brutal no tempo.

Conhecemos mulheres que encontram amparo em outras mulheres dentro do hospital, como a mãe que deixa o filho aos cuidados da mãe do leito ao lado enquanto resolve a vida que continua correndo fora do hospital. A médica que troca o plantão com a outra médica que precisa de um descanso no final de semana ou a enfermeira que cobre a amiga que tem de estudar pra terminar a faculdade.

A gente já contou inúmeras histórias aqui no Blog. Casos de mulheres que enfrentaram, junto com seus filhos, terríveis doenças e mulheres que chegaram ao hospital carregando o peso do assédio, do racismo, da violência, do feminicídio – o peso de ser mulher em uma sociedade de dominação predominantemente masculina.

Segundo um estudo inédito da Unesco na América Latina, ainda é atribuída às mulheres a responsabilidade pela família e pela casa, o que faz com quem tenham que abandonar ou diminuir o ritmo de trabalho em suas carreiras, enquanto que seus maridos, da mesma profissão, não têm a mesma responsabilidade. É um retrato do que vemos nos hospitais públicos, principalmente aqueles de longa internação.

Neste Dia Internacional da Mulher, a associação Doutores da Alegria celebra os avanços conquistados nas últimas décadas, mas também reconhece a importância da luta pela igualdade de gênero e aposta em políticas públicas que possibilitem a garantia de direitos e o aumento dos espaços ocupados por mulheres na sociedade.

E como o nosso ofício é, antes de tudo, a arte, é por meio dela que a gente fortalece as mulheres que encontramos todos os dias nos hospitais. Estamos juntas.

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Gabriela Caseff

Editora do Blog. Atua na comunicação da Doutores da Alegria desde 2011 e é repórter na Folha de S.Paulo


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dia da mulher, Dia Internacional da Mulher, igualdade de gênero, luta, mulheres, políticas públicas, responsabilidade

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