. Toda criança nasce cientista – Doutores da Alegria

Para melhor visualização do site, utilizar navegador Google Chrome.

Blog

Toda criança nasce cientista

29 de outubro de 2018
Tempo de leitura: 1 minutos

Gabriela Caseff

Editora do Blog. Atua na comunicação da Doutores da Alegria desde 2011 e é repórter na Folha de S.Paulo

Comentario 0
Compartilhar 0

No vaivém das alas pediátricas, verificamos a suspeita levantada por Marcelo Gleiser, professor universitário de física, astronomia e pai de cinco filhos: Toda criança nasce cientista, testando hipóteses e experimentando para aprender.

Ele elabora o pensamento em sua coluna na Folha de S.Paulo, em maio deste ano:

“Para uma criança, o mundo é um grande laboratório, cheio de experimentos a fazer, explorando como objetos interagem entre si, como animais vivem e comem, como plantas crescem e morrem.
Deixar algo cair no chão para ver se quebra, encher um copo com um monte de fluidos e comidas fazendo “poções mágicas”, colocar coisas no fogo para ver como queimam, misturar tintas de cores diferentes, fazer aviões de papel para ver os que voam melhor, colecionar insetos etc.

O mundo se abre quando a curiosidade pode voar livremente. Até, claro, os adultos chegarem. Não mexe nisso! Cuidado, vai quebrar! Você vai se queimar! Se molhar! Levar choque! Ser picado! Temos muito o que aprender com as crianças.”

Voltamos à nossa realidade, inserida em pediatrias de grandes hospitais públicos.

É lá que, todos os dias, os palhaços encontram pequenos e pequenas cientistas que testaram poções mágicas que não deram exatamente certo. Ou que fizeram grandes descobertas gravitacionais ao pularem o muro de casa.

E, claro, topamos com mães, pais e avós inconformados com os exploradores-mirins porque aquilo lhes causou, além do susto, uma temporada no hospital.

Cabe aos profissionais de saúde, entendidos de ciências biológicas e humanas, cuidar dos pequenos para que voltem aos seus laboratórios com um pouco mais de sabedoria e experiência. Da próxima vez, talvez calculem melhor a altura do muro!

Cabe aos palhaços, entendidos de arte, propor novos sentidos para aquela internação, de modo que ela não se transforme em um trauma que possa suspender as atividades de descoberta das crianças.

E se para os cientistas “de verdade” o saber vem acompanhado de milhares de testes, críticas, decepções e, quem sabe uma grande descoberta; para os pequenos exploradores, há sempre uma grande descoberta da vida, mesmo que ela venha acompanhada de um arranhão ou uma queimadura.

Pois sim, Marcelo Gleiser, temos muito o que aprender com as crianças.

0
0
votes
Article Rating


Categorias


Lá do arquivo

Gabriela Caseff

Editora do Blog. Atua na comunicação da Doutores da Alegria desde 2011 e é repórter na Folha de S.Paulo


Postado em:

Histórias de hospital, Sobre Doutores

Tags

além do hospital, ciência, cientista, experimentar, hospital, laboratório

Receber notificação
Notificação de
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Existe 0 Comentário.