O poder das palavras
Entramos na UTI e ficamos “falando sem falar”.
– O quê? O quê?
– Ahn? Quando? Por quê? Ah, vá!
Isso contaminou a UTI, todos começaram a embarcar na brincadeira:
– Oi? Ahn! Por quê? Tá!
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Valdisney para Sandoval, saindo de um quarto: Sandoval, me segue.
Sandoval foi e tapou os olhos de Valdisney. Vocês são muito burros!, disse a criança.
Saímos os dois como jumentos: I óm, i óm, i óm…
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Quem planta, colhe
Na UTI, um garoto tinha um jacaré em sua cama. Na terça-feira chegamos lentamente e brincamos com a peruca do Sandoval no jacaré. Ele ficou meio cabreiro, desconfiado.
Na quinta-feira, quando aparecemos na porta da UTI, ele já pegou o jacaré e começou a brincar, estava bem animado. E o jogo com o menino foi muito bom.
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Não basta ser pai, tem que participar
Outro dia, o besteirologista Sandoval encontrou com um pai que se chama Sandoval. Imediatamente atendemos o filho e o chamamos de Sandovinho.
Outro dia, Valdisney encontrou o seu pai, o Valdiney, e atendemos a sua filha, a Valdinéia.
O mais legal foi ver os pais presentes, acompanhando o tratamento de seus filhos, mesmo sabendo de todas as dificuldades.
Dr. Valdisney e Dr. Sandoval (Val Pires e Sandro Fontes)
Hospital Universitário – São Paulo