Realmente, coisas muito legais acontecem quando a comunicação criança e palhaço é estabelecida. Cada criança e adulto, quando estão disponíveis para comunicar, interagir e brincar, um novo mundo e um novo assunto se apresenta. Eu aproveito.
Por exemplo, no mês de março, aprendi que o “mini – coração” (gesto copiado de series coreana em que crianças e adolescentes costumam replicar, consiste em juntar os dedos polegar e indicador formando um coração) na verdade, não é tão simples como imaginava.
Quando fazemos esse gesto, mesmo querendo comunicar uma afetividade carinhosa, na realidade é a “imagem” do seu coração. A imagem tem de ser lida das pontas dedos juntas que representam as veias ou artérias, e a mão faz parte da imagem representando o seu coração.
E, na toada das comunicações, destaco um dia que Doutor Dadúvida e eu procuramos um ET no quarto de uma criança.
Como tudo começou…
Como de costume, Dr. Dadúvida e eu exercitamos a boa e sempre atualizada etiqueta de bater na porta antes de entrar. Sorrisos de quem estavam dentro foram se abrindo juntamente com a porta, revelando nossa presença. É claro que não perdemos a oportunidade de entrar de qualquer maneira, pois não é assim em todas as portas de todos os lugares, então nos ajeitamos um pouco mais antes de entrar e desfilamos até perto do leito e das pessoas acompanhantes.
Dr Dadúvida, achou meu modo de caminhar interessante e intrigante e quis fazer igual… chegou perto algumas vezes, mas infelizmente foi interrompido com a trombada na porta em que eu prontamente fui acudir. Acudir a porta. Coitada.
Assunto vai e assunto vem, eis que a porta do quarto bate. Do nada. Ficamos um tanto intrigados com essa situação, porém ficamos mais intrigados ainda pois a porta poderia ter sido fechada por um ET. Isso mesmo. Um extraterrestre, que nunca aparece aos nossos olhos. Persistentes que somos, Doutor Dadúvida e eu, passamos a procurá-lo pelo quarto. Não teria como ele ter fugido de lá.
Eis que tenho a ideia de procurar no banheiro dentro da privada e digo: “Encontrei um negócio boiando aqui que pode ser!”. Do banheiro, ouvia as risadas com os presentes dizendo que na verdade era outra coisa. Ainda não satisfeitos por não encontrar o ET, Doutor Daduvida e eu tomamos para nós a responsabilidade de procurar esse Extraterrestre por outros quartos e setores do Hospital Santa Marcelina.