. Histórias de mães VI – Doutores da Alegria

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Histórias de mães VI

10 de maio de 2015
Tempo de leitura: 3 minutos

Doutores da Alegria

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Dezenas de mães compartilharam conosco histórias vividas com seus filhos e filhas nos hospitais Brasil afora. Histórias reais, tocantes, sensíveis, inspiradoras. A vida como ela é. Agradecemos pela coragem!  

+ veja aqui as primeiras histórias

Cris Moura e Giovana – Rio Grande do Sul

Em 2009, dei entrada na emergência do Hospital Santo Antônio com Giovana aos dois anos de idade. Estava com infecção generalizada. Teve úlcera gástrica, perfuração no estômago por sonda gástrica e obstrução intestinal. Foi para o bloco cirúrgico e ao receber anestesia, teve uma parada cardiorrespiratória. Foi reanimada quatro vezes e conseguiu fazer a cirurgia. Foi para a UTI com falência múltipla de órgãos e os médicos avisaram que minha filha teria horas ou minutos de vida.

Liberaram-me para me “despedir” de minha filha, e, ao seu lado no leito da UTI, rezo e entrego a Deus a vida do meu bem mais precioso. Pedi que se nos permitisse viver juntas, que ele a salvasse, mas que se fosse para que ela vivesse e ficasse com mais sequelas, vegetativa e com dores, então que por mais que me doesse, eu não poderia viver vendo minha filha sofrer.

Cris Moura

No dia seguinte, como um milagre, minha filha se recupera. Apenas seus rins continuavam sem funcionar, e se em 24 horas não voltassem ao normal, teria que passar a fazer hemodiálise. Mais uma vez ela deu a volta por cima, saiu da UTI após sete dias e foi para o leito como se nada daquilo tivesse acontecido…. Se eu acredito em Deus e em milagres? Basta olhar para minha filha e saberá a resposta!

Aos oito aninhos essa pequena grande mulher já passou por tantas lutas nas quais saiu vitoriosa!
#AmoSerMãeEspecial! #MinhaFilhaMeuAnjo!

Fernanda Rodrigues e Matheus

Certo dia, uma médica, após ver alguns exames meus, disse que eu não poderia ter filhos. Meu mundo desabou.

Procurei mais três profissionais e disseram a mesma coisa. Com um fio apenas de esperança procurei o último,  e apostei todas as fichas neste. E foi quem me fez realizar o sonho de ser mãe. Mas não foi nada fácil.

Fiz a cirurgia que foi um sucesso. Era um mioma enorme que me impediria de ter filhos se eu não o retirasse a tempo. Pronto, resolvido. Nada disso! Seis meses depois outro susto. Fui levada com muita urgência ao hospital, sentindo dores no abdômen. Diagnóstico: pedra na vesícula. Mais uma cirurgia e mais miomas que me impediriam de engravidar. Mais uma vez o meu mundo foi ao chão, e já em casa, aos prantos e muito debilitada, clamei ao Senhor! Porque Ele sim poderia reverter todo esse quadro.

Alguns dias depois, comecei a sentir o primeiro sintoma: enjoo. Corri pra fazer um exame de gravidez e estava lá: positivo! Estava com três semanas de gravidez! Sim, durante a cirurgia da vesícula, eu já estava grávida! Que felicidade, não conseguia me conter!Fernanda Rodrigues (1)

30 semanas de gravidez tranquila, aspirando cuidados, se passaram. Minha placenta envelhecida fez com que eu tivesse descolamento, e Matheus, já em sofrimento na minha barriga, teve que ser retirado às pressas para conseguir sobreviver. Começou então a sua grande luta pela vida. Nasceu Matheus, com 1,75 kg, 43 cm, a criança mais guerreira e mais linda e que era meu filho! Ainda na UTI, no dia em que ele mamou pela primeira vez, novamente fui arrancada de perto do meu filho por conta de uma trombose e fiquei internada por dez dias, quando só via meu filho em fotos. Que angústia!

fernanda rodriguesDepois de dez dias sendo medicada, tive uma grande notícia: meu filho estava vindo ficar comigo no quarto. Fiquei tão feliz que parecia que eu tinha parido naquele momento, e desde então nunca mais nos separamos. Meu filho é um campeão que lutou junto comigo para que o nosso Deus mais uma vez fosse glorificado! Hoje ele tem oito anos, 1.35m, 32 kg e uma saúde de ferro! Agradeço a Deus por tudo e por médicos maravilhosos e super preparados que sempre me acompanharam em todos os momentos difíceis pelo qual passamos!

Kelly Britto e Vitória

Kelly Britto (1) Kelly Britto (2)Posso dizer que morri por alguns dias, mas graças a Deus, à minha fé e à fé de outros tantos solidários, pude ver o nascer do sol de mais uma manhã e, mais do que isso, o renascer da minha própria estrela.

Minha história começa em 2010. Ano de Copa do Mundo, ano de esperanças, alegrias, expectativas e sonhos. Mas eu tinha mais que uma copa do Mundo pra festejar… Eu estava grávida. O grande dia chegou e, após alguns dias, pude pegar minha filha em meus braços pela primeira vez… Devido a algumas complicações em seu coraçãozinho, a Vitória ficou oito dias na UTI e só depois disso pude levá-la pra casa. E dei seu primeiro banho. Com seu crescimento aprendemos a despertar a criança dentro de nós… 

No dia 6 de agosto de 2014, Vitória sofreu um traumatismo craniano com afundamento, hemorragia e perda de massa encefálica. Em seguida, teve hemorragia pulmonar seguida de duas paradas cardíacas e duas vértebras do pescoço quebradas. Para os médicos a vitória estava perdida… Mas para o meu Deus a batalha estava apenas começando e a vitória era garantida.

Tivemos alta em 22 de agosto de 2014. A vitória foi nos dada… E ela já voltou pra sua rotina e fazer o que mais gosta, que é dançar! Muito obrigada!

Feliz Dia das Mães! <3

+ Você sabia?

Doutores da Alegria atua em hospitais públicos há 23 anos e precisa de doações para manter seu trabalho junto a crianças hospitalizadas, seus familiares e profissionais de saúde. Faça parte desta causa, doe aqui: www.doutoresdaalegria.org.br/colabore.

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Dias das Mães, histórias, ser mãe, superação

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