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Histórias de mães II

8 de maio de 2015
Tempo de leitura: 3 minutos

Doutores da Alegria

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Dezenas de mães compartilharam conosco histórias vividas com seus filhos e filhas nos hospitais Brasil afora. Histórias reais, tocantes, sensíveis, inspiradoras. A vida como ela é. Agradecemos pela coragem!  

+ veja aqui as primeiras histórias

Vivian Fernandes Barbosa e Helena

Vivian Fernandes Barbosa

Julho de 2014, um simples exame de rotina mudaria nossos dias. Ouvir do oncologista que a Heleninha, minha tão sonhada filha no auge dos seus 5 aninhos, apresentava exames que mostravam um quadro terminal, um tumor na suprarrenal e nódulos no pulmão, não foi nada fácil.

Internação, um “mundo” de exames, anestesias, cirurgias… Meses depois, ouvir do mesmo médico: “exame normal, pode comemorar!” Felizmente, não tenho muita explicação, só posso dizer que passamos, todos nós, por um milagre! Somente a fé, o amor e a esperança para superar tantos conflitos – físicos, financeiros e emocionais – que uma doença traz.

Amo ainda mais a Deus, pois Ele ouviu meu clamor, meu choro, meu grito e enxugou cada lágrima colocando pessoas tão especiais (família, amigos, médicos, enfermeiros, contadores de histórias e muitos, muitos outros) nesta corrente pela vida da minha filha.

Neste ano o Dia das Mães tem um sabor ainda mais especial! Te amo Deus pai, te amo filha Helena.

Rosamary Ribeiro e Roberta – Pernambuco

Nossas experiências ruins tiveram início em janeiro de 1983, quando Roberta, minha filha, contava dois anos e três meses de idade e estávamos morando em Tabira, interior de Pernambuco.

Tudo começou com uma rouquidão. Viemos a Recife levar Roberta ao pediatra, que indicou a avaliação de um otorrino. Em sua avaliação, durante a 1ª cirurgia, avisou que o problema poderia retornar… Três meses depois, mais uma cirurgia. Na 3ª cirurgia, estando Roberta respirando por um tubo, sofreu a 1ª parada cardíaca – durante a reanimação, “minha galega” perdeu os dois dentinhos da frente – e ainda ocorreu uma lesão na garganta, deixando sua voz baixa e rouquinha… Nunca mais voltou ao normal.

Tentávamos tudo que nos ensinavam: chá, benzedeira, tratamento espiritual e até outros profissionais da área para saber mais alguma coisa sobre esse problema. Tudo parecia sempre mais complicado. Três meses depois, nova cirurgia… A quarta, e nesta tivemos a confirmação de que a doença não seria tratada com poucas cirurgias, seriam necessários mais alguns tantos procedimentos.

Na 5ª cirurgia, um grande susto. O médico saiu da sala de cirurgia comunicando que havia acontecido uma intercorrência – Roberta havia sofrido outra parada cardíaca e todos os esforços estavam sendo feitos para trazê-la de volta… O desespero nos tomou conta! O pai esmurrava as paredes desesperado e inconsolado; a avó havia desmaiado de tanta angústia; e eu, num momento de sofrimento insuportável, abri a bolsa e peguei o Novo Testamento, que sempre tinha comigo. Antes de abrir, aleatoriamente, orei a Jesus dizendo: “Senhor, quero muito que minha filha fique comigo, mas para ela ser feliz, se for de tua vontade permite que os médicos consigam reanimá-la.” Abri o livro e a página trazia a passagem da ressurreição de Lázaro. Senti que Deus respondia às minhas preces!

O médico então voltou, Roberta estava viva. Depois de um período de observação, minha galega foi então levada ao quarto… Molinha, por ainda outros três dias, podíamos ver em seu corpinho as marcas das tantas tentativas de reanimação, a pele branquinha mostrava marcas no tronco, braços e coxas.

Algum tempo depois pudemos conhecer a médica otorrino que acompanha Roberta até hoje (mais de 30 anos depois). A rotina de cirurgias programadas estava começando: primeiro a cada 3 meses, depois a cada 2 meses, mensalmente e então, todas as semanas. Aos nove anos Roberta totalizava 24 cirurgias, havia usado tubos na garganta para respirar duas vezes por longos períodos, mas o problema da laringe havia sanado.

Rosamary Ribeiro

Outros sustos menores ainda vieram, outras cirurgias para extrações e implantes dentários, apendicite, pedras na vesícula, dedo quebrado… E hoje, Roberta já foi submetida a mais de 40 cirurgias. Em 2004, minha filha então se formou em Enfermagem. Atuando em alguns hospitais, não se conformando em certas situações, e ansiosa em ajudar ainda mais os pacientes, em 2006, fez novo vestibular e formou-se em Medicina em julho de 2013.

Feliz Dia das Mães! <3 Em breve mais histórias.

+ Você sabia?

Doutores da Alegria atua em hospitais públicos há 23 anos e precisa de doações para manter seu trabalho junto a crianças hospitalizadas, seus familiares e profissionais de saúde. Faça parte desta causa, doe aqui: www.doutoresdaalegria.org.br/colabore.

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Dia das Mães, histórias, ser mãe, superação

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