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É Querida, é?

26 de março de 2015
Tempo de leitura: 1 minutos

Doutores da Alegria

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De volta aos atendimentos do IMIP, passávamos pela praça interna quando, de repente, uma senhora gritou:

– Mary En!

Imediatamente a reconheci, tanto ela quanto a sua filha, que agora está muito maior, e para minha surpresa não é mais tímida. Medi o meu tamanho com o dela e logo constatamos que eu parei de crescer e ela não!

Também reencontrei um paciente muito querido, que, assim como a outra paciente, cresceu tanto, mas tanto que já passou de mim. Eu, claro, fiquei muito feliz quando o vi (mas nem tanto por eu ter parado de crescer!) e fiz questão de apresentá-lo para a dra. Baju, que, de pronto, tocou uma linda música de reencontros. Ao voltar para casa, refleti sobre as vitórias da vida e sobre o quanto as crianças são vitoriosas. 

e querida e

Baju também guarda algumas recordações felizes de reencontro no IMIP e compartilha algo que, acredito, acontece com todos nós:

Para um palhaço, ser lembrado por alguém (criança, mãe, pai, enfermeira, auxiliar de enfermagem, ascensorista, médico, etc.) é algo que toca bem no coração. Mas, vamos combinar que isso não é só coisa de palhaço, né? Ou vai me dizer que seu peito não enche de alegria quando uma pessoa lhe diz Fulana perguntou por você?

Palhaço gosta de ser amado e é assim que a gente se sente quando fica sabendo dessas coisas: totalmente acolhidos. Aqui no IMIP, eu e o Dr. Micolino tivemos a oportunidade de experimentar e inaugurar o nosso trabalho na Pediatria Geral, em 2011. Depois desses anos todos, eis que estávamos nos dirigindo para o prédio da Oncologia e uma senhora me interrompe a caminhada:

– Ei, Baju, não vai mais lá no 3º andar, não, é? 

e querida e

Durou uns três segundos, mas, internamente, vasculhei o meu HD cerebral e fiz uma viagem de quatro anos pelo túnel do tempo até devolver:
– Você é a Querida, é?

E a senhora respondeu sorrindo:
– É! 

“Querida” é a filha dela que, na época, tinha 4 anos e ganhou esse codinome quando, numa “disputa” comigo, a pequena respondeu:
– Eu também uso batom, querida!

Boas lembranças, bons reencontros.

Dra. Baju (Juliana de Almeida) e Dra. Mary En (Enne Marx)
Instituto de Medicina Integral Prof. Fernandes Figueira – Recife

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histórias, lembranças, reencontro

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